“Afros e Afoxés: A revolução do tambor”

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Série Afros e Afoxés A revolução do tambor. Salvador Capital Afro. Foto divulgação.

Uma série documental do Salvador Capital Afro sobre blocos Afros e Afoxés

A história, os bastidores e a contribuição de cada entidade para a resistência da herança ancestral no Carnaval

A música não apenas descreve essa cidade, mas também a alma vibrante de uma cultura, de um povo. Estamos falando de um berço cultural, um epicentro de resistência e celebração da herança africana que permeia cada aspecto da vida em Salvador. Esta herança está entrelaçada com as festas, a música e a dança, a exemplo dos Blocos Afros e Afoxés, tesouros vivos da cultura baiana. Eles representam uma forma de resistência e celebração, proporcionando uma maneira única de reafirmar essa ancestralidade em solo brasileiro.

Com registros gravados antes e durante o Carnaval de 2023 e imagens de arquivo, o Salvador Capital Afro, programa da Prefeitura de Salvador, lançará, no próximo dia 25, a série “Afros e Afoxés: A revolução do tambor”. A obra conta a história de resistência e o legado do Ilê Aiyê, Muzenza, Cortejo Afro, Didá, Malê Debalê, Olodum e do afoxé Filhos de Gandhy.

Veiculada em parceria com o Trace Brasil, a série mostra, em sete episódios, a importância dessas agremiações para a manutenção da cultura afro-brasileira. Com depoimentos de músicos, representantes e associados, o “Afros e Afoxés: A revolução do tambor” estará disponível na TV no canal Trace Brasil e no canal do Salvador Capital Afro no YouTube (www.youtube.com/@salvadorcapitalafro9726).

Episódios de pura celebração a ancestralidade

Os episódios retratam a história, os bastidores e a contribuição de cada entidade para a resistência da herança ancestral no Carnaval. Em um deles, o artista plástico e fundador do Cortejo Afro, Alberto Pitta, e a vice-presidente Andrea Nascimento falam sobre as relações com o bloco e o diálogo com as artes visuais.

Na edição sobre o Ilê Aiyê, a Deusa do Ébano (2020-2022) Gleiciele Oliveira, o produtor artístico Sandro Teles e o regente da Band’Ayiê Mário Pam tratam sobre o empoderamento proposto pelo primeiro bloco completamente negro da capital baiana.

No episódio sobre a Didá, a maestrina Adriana Portela e a percussionista Lucila Laura contam a experiência de participar do primeiro bloco de percussão feminina do Carnaval de Salvador.

O cantor Mazinho do Gandhy, o diretor Xiko Lima e o babalorixá Pai Toinho trazem a religiosidade presente na edição sobre o afoxé Filhos de Gandhy.

Já o episódio sobre o Olodum, grande símbolo pop reconhecido internacionalmente, é protagonizado pelo presidente Marcelo Gentil e pelo folião Adailton do Nascimento.

No episódio do maior balé afro de rua do mundo, o Malê Debalê, o fundador Miguel Arcanjo, o mestre de dança Agnaldo Fonseca e a foliã Marcela Santos falam sobre o papel da agremiação na comunidade.

O ritmo e a história do Muzenza ficam a cargo do mestre de bateria Mário Rodrigues, da produtora Luciane Neves e dos associados Ramon Duarte e Dal Rasta.

Saiba mais sobre o Salvador Capital Afro

Referência em afroturismo

A série faz parte das ações do Salvador Capital Afro para posicionar a capital baiana como referência no afroturismo nacional e do mundo. Para a diretora de Cultura da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult), Maylla Pita, “Afros e afoxés: A revolução do tambor” é uma importante ferramenta de divulgação da identidade cultural ancestral promovida pelas agremiações.

“A série nos conecta com aspectos dos blocos em seus respectivos lugares de atuação, para além do carnaval, e nos apresenta a força do tambor no chão da cidade, em suas dimensões sociais, educativas e estéticas. A potência dos blocos negros na avenida é estruturada por um trabalho igualmente potente, mas anterior à festa, que tem o carnaval como lugar legítimo de afirmação e expansão dos seus diversos discursos de resistência, mas que não se encerram neste lugar”, afirma.

O CEO da Trace Brasil, Bruno Batista, ressalta que a série é um marco importante no compromisso do canal de apresentar ao Brasil e ao mundo as raízes do Carnaval Afro de Salvador.

“Para nós, é uma honra e um privilégio fazer parte desse lançamento histórico em parceria com o programa Salvador Capital Afro. A força de entidades como o Ilê Aiyê, Muzenza, Cortejo Afro, Didá, Malê Debalê, Olodum e o afoxé Filhos de Gandhy é, sem dúvida, um dos motores da cultura afro-brasileira e, através desta série, poderemos compartilhar suas histórias de resistência, seus ritmos e legados com o público”, declara.

Sobre o programa

O Salvador Capital Afro é uma iniciativa da Prefeitura de Salvador, através da Secult, no âmbito do Programa Nacional de Desenvolvimento e Estruturação do Turismo (Prodetur) em Salvador, em parceria com a Secretaria Municipal da Reparação (Semur). O projeto tem financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e é mais uma ação implementada do Plano de Desenvolvimento do Turismo Afro em Salvador.

Nota:
Texto editado com base no release enviado pela Ascom/Secult PMS

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