Espaço de valorização das relações culturais afro-brasileiras
Você conhece a Casa do Benin? Inaugurado em 1988, o espaço fica em um casarão na Rua Padre Agostinho Gomes, perto do Taboão, lá no Pelourinho. No coração do Centro Histórico, a Casa do Benin representa um pedaço da África, onde o intercâmbio de culturas de lá pra cá e daqui pra lá se cria. O Espaço Cultural possui importante acervo artístico e cultural afro-brasileiro e é mantido pela Fundação Gregório de Mattos para valorização das relações culturais afro-brasileiras.
A Casa tem um acervo composto por cerca de 200 peças originárias do Golfo do Benin, colecionadas pelo fotógrafo francês Pierre Verger ao longo de suas viagens realizadas à África, para estudar os fluxos e refluxos entre África e Bahia. Também possui peças relacionadas à cultura afrodiaspórica, doadas por artistas e instituições. Outro fato interessante é que tecidos coloridos estão pendurados dando ainda mais vida ao local. Estes são da artista plástica e designer Goya Lopes, uma das pioneiras a trabalhar de maneira criativa com a moda afro-brasileira.
A reforma tem o projeto da arquiteta modernista ítalo-brasileira Lina Bo Bardi. No casarão se encontra o Espaço Museu Pierre Verger, onde estão expostas as peças do acervo permanente com obras beninenses; a Sala de Exposição Lina Bo Bardi, que recebe mostras temporárias; e o Auditório Gilberto Gil, local de realização de eventos e oficinas de pequeno porte voltados para a comunidade.
No pátio, existe o Espaço Gourmet Jeje Nagô, com arquitetura inspirada no estilo de restaurantes antigos das comunidades rurais beninenses. A “Tatassomba” é uma réplica de edificações existentes no Benin, desenvolvida pela arquiteta Lina Bo Bardi, feita de barro e com teto de palha. Também há uma outra edificação, toda em cimento queimado – uma das assinaturas da arquiteta. Ali, existe uma sala multifuncional, além de um terraço de onde é possível ver os casarões seculares do Centro Histórico com um outro olhar.
Além disso, a Casa do Benin realiza, promove, divulga e apoia, através das exposições, os artistas baianos que têm como inspiração a arte de matriz africana. Desse modo, o museu contribui de maneira significativa com o reconhecimento e valorização dessa arte, além de incentivar os artistas que nela investem e se inspiram. Já foram realizadas diversas atividades socioculturais e educativas, como palestras, encontros, cursos, oficinas e visitas guiadas, no sentido de valorizar e divulgar o conhecimento da cultura afro-brasileira, além de nos aproximar de maneira efetiva das comunidades que cercam o Museu.
Se você estiver fazendo um tour pelo Centro Histórico, a boa é ir primeiro à Igreja Nossa Senhora Rosário dos Pretos e, de lá, seguir para a Casa do Benin. Fica pertinho uma da outra.
Serviço:
Casa do Benin
Instagram: @casadobenin
Baixa dos Sapateiros, 7 – Pelourinho, Salvador-BA, 40025-005
Horário de funcionamento: de terça a sexta, das 10h às 17h. Sábados, das 9h às 16h.
A entrada é gratuita
Telefone: (71) 3202-7890