Rico acervo de arte sacra, documentos históricos, biblioteca com obras raras e Museu
Fundado em 1582, o Templo de São Bento, é a primeira fundação Beneditinas em terras das Américas e em toda a história da Ordem, o primeiro Mosteiro do Novo Mundo. Paralelamente a seu importante papel religioso, de difundir a fé católica, a instituição baiana acabou se destacando também graças à formação de um rico acervo de arte sacra e documentos históricos. O Mosteiro de São Bento da Bahia é uma amostra desse acervo, destacando arquitetura, relíquias, imaginária religiosa, pinturas e móveis.
A Basílica é bastante procurada para a realização de celebrações especiais como casamentos e formaturas, devido à sua beleza, importância histórica, cultural e religiosa. No Museu de São Bento, instalado nas galerias superiores da Basílica de São Sebastião, está exposta uma mostra representativa de um acervo de mais de duas mil peças, entre quadros, porcelanas, cristais, ourivesaria, mobiliário, paramentos, além de 223 unidades de imaginária religiosa.
O edifício é de notável mérito arquitetônico, apesar de ter sido edificado ao longo de quatro séculos e refletir todas as tendências deste período. Iniciado sob projeto ambicioso de Frei Macário de São João, as obras nunca foram concluídas. O mosteiro se desenvolve em três pavimentos em torno de um pátio. A igreja apresenta uma das raras plantas brasileiras inspiradas na igreja do “Gesu” de Roma, uma grande cúpula no cruzamento das capelas laterais. Embora a cúpula e abóbada só tenham sido executadas no final do séc. XIX, e nesse século respectivamente, elas estavam previstas no plano do Frei Macário de São João.
Parte da construção foi demolida por Seabra
A Basílica de São Sebastião do Mosteiro de São Bento por pouco não foi abaixo. Em agosto de 1912, o Governador José Joaquim Seabra, em nome de uma renovação e progresso (polêmicos), baixou um decreto mandando demolir este santuário. Não conseguiu devido à luta do abade Dom Maiolo de Cagny, o qual mobilizou a população com manifestos escritos distribuídos nas ruas. A imprensa (a maioria ‘seabrista’) apoiava a demolição. A basílica continua de pé até hoje e não teve o mesmo destino da Sé Primacial, derrubada no início dos anos 1930 para dar passagem a uma linha do bonde circular.
A Obra, custosa e polêmica, foi para a construção da Avenida Sete, trecho que vai da Ladeira da Barra até a Praça Castro Alves. Para sua realização, derrubou-se uma ala do Mosteiro de São Bento, uma banda do prédio do Senado, foi abaixo a igreja de São Pedro Velho, o Convento das Mercês e outros prédios ao longo do antigo Caminho do Conselho (Ladeira da Barra) enfrentando o governador resistência da igreja e de segmentos do comércio e da burguesia local.
A biblioteca do Mosteiro
A biblioteca do mosteiro é uma das mais antigas do país e da Bahia, sendo a segunda maior biblioteca de obras raras do país, com livros que datam de 1500 e 1503. O Acervo completo ultrapassa os 200 mil volumes e o setor de obras raras possui aproximadamente 13 mil livros impressos entre os séculos 16 ao 19. A biblioteca do Mosteiro foi fundada em 1582 e é tombada pelo Patrimônio Histórico Artístico Nacional. Além da pesquisa no local, feita com hora marcada, agora 63 obras raras estão acessíveis em um site gratuito, o saobento.org/livrosraros. Mais informações neste link.
Serviço
Basílica de São Sebastião – Mosteiro de São Bento da Bahia
Largo de São Bento – Barroquinha, Salvador – BA, 40024-108
Missas: Seg a sáb – 7h. Seg a sex – 12h30. Dom – 10h com canto Gregoriano
Visitação da Basílica: gratuita
Seg a sáb – 8h às 17h
Telefone: (71) 2106-5200
Site oficial neste link.
Sobre a Faculdade São Beto da Bahia entre neste link.
Saiba mais sobre o Laboratório de Restauração neste link.
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